E a competição, inimiga da cooperação, insinua-se nos círculos mais íntimos: Há pessoas cujas enormes bênçãos nos deixam completamente tranquilos, e outras cujas pequenas vantagens são uma fonte de tormento interminável.

Quem nós invejamos?

Invejamos somente aqueles que consideramos nossos semelhantes, invejamos somente membros de nosso grupo de referência. Poucos êxitos são mais intoleráveis do que o sucesso dos nossos colegas de trabalho ou dos nossos amigos.

É preciso esforço pessoal para sair de si, perceber-se interdependente, escolher e construir relações horizontais, escolher cooperar, escolher a ética. Como disse o Juiz Louis Brandeis: “Concorrência consiste em tentar fazer coisas melhor do que os outros; isto é, fabricar ou vender um artigo melhor a um custo menor, ou ainda fornecer um serviço melhor. Não é concorrência recorrer a métodos de ringue e simplesmente nocautear o outro. Isso é matar um concorrente”.

A chave da boa vida não é o poder – que por sua própria natureza está sempre pronto para ser contestado e por isso é tênue – mas o respeito mútuo e um senso de solidariedade.

E o concorrente, ele existe?

É necessário comandar e comandar com eficiência, é evidente, mas é mais importante comandar não como um Aquiles ou um Agamenon, investindo por conta própria em meio aos troianos em debandada, mas como um ser humano admirável e inspirador. Apesar do que dizem os Best Sellers, Gêngis Kahn e Átila, o Huno, não seriam líderes corporativos de sucesso hoje. O executivo de sucesso tampouco teria muito que aprender com Maquiavel.

Cooperação

Qual a mensagem de Cooperação que podemos aprender com a nossa espécie “Homo Sapiens”.
Poderíamos e deveríamos aprender com a nossa história. O que nos permitiu evoluir como espécie? Havia várias espécies de homo sapiens. Os outros sucumbiram e nós prosperamos não, como afirmam alguns autores, porque tínhamos os cérebros maiores ou pela capacidade de fabricar ferramentas. Sobrevivemos porque desenvolvemos a capacidade de cooperar, de trabalhar em rede.

Abelhas e formigas também cooperam, claro, mas, não são flexíveis, têm papéis fixos e limitam-se à própria colônia. É bom salientar que a cooperação não aconteceu de forma espontânea, natural, ela foi fruto da necessidade.

Historicamente somos mais cooperativos, solidários nas dificuldades ou diante de algum perigo comum. Atualmente nosso lado melhor aflora em tempos de crises, tragédias. Nosso desafio: Continuar cooperando nos tempos de prosperidade e evoluir em rede com mais sentido, com mais conexão, com maior AMOR!

Alvaro Loro – Psicólogo e Storyteller

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